A UNITA queixou-se publicamente de haver perseguição de ativistas cívicos na província do Namibe. Segundo o maior partido da oposição em Angola, os visados têm recebido frequentes ameaças.
E, com o aproximar das eleições gerais, previstas para agosto, os partidos políticos da oposição têm denunciado diversas restrições levadas a cabo no Namibe. O secretário provincial da UNITA no local, Américo Wongo, disse lamentar os constrangimentos pelos quais membros da formação política passaram, avança o “Angola 24 Horas”.
De acordo com o político, no país prevalece o “cartão de militância, e não o bilhete de identidade”. “Temos ainda uma província onde, quando se pede um encontro, ou uma audiência, ainda se pergunta ao cidadão de qual grupo ele é, a qual família política ele [pertence]”, afirmou.
O próprio secretário provincial referiu ser alvo de intimidações, realizadas por pessoas que geralmente o fazem em veículos que não podem ser identificados. “Os que estão a seguir-me, estão a fazê-lo para cuidar ou para me fazer mal?”, questionou.
Wongo falou também sobre o clima de intimidação existente nos municípios de Virei, Camucuio e Bibala. “Existem aqueles que não podem pronunciar-se a favor da oposição”, desabafou.