A UNITA condenou os confrontos ocorridos a 11 de novembro em Luanda, entre manifestantes e polícias, tendo tal resultado na morte de um manifestante. Para a maior formação política da oposição em Angola o sucedido mostrou “abuso de poder e uma grosseira violação do direito de manifestação, informação e das liberdades de imprensa”.
O Secretariado Executivo do Comité Permanente da Comissão Política do partido declarou ainda que “condena veementemente tais atos injustificáveis, que passam a ser recorrentes por parte das autoridades, numa lógica de regressão e ataques aos fundamentos do Estado Democrático e de Direito, numa altura em que Angola celebra 45 anos de independência”.
As críticas podem ser lidas num comunicado datado de 12 de novembro e divulgado no sábado, dia 14. É igualmente referido que a intervenção policial na manifestação, “que culminou com a morte de um dos manifestantes, o ferimento de muitos e a detenção de outros, incluindo o jornalista da Rádio Ecclesia em Cabinda e o correspondente da agência Reuters em Angola”, representa “abuso de poder” e “grosseira violação” do direito de “expressão e pensamento”.
A UNITA mencionou também no documento que houve uma invasão de domicílio “protagonizada por efetivos dos Serviços de Investigação Criminal – SIC na residência de Dom Belmiro Chissengueti, Bispo de Cabinda”.
Como tal, continuou, o Governo angolano deve “colocar um ponto final nos atos dos agentes dos órgãos de defesa e segurança que atropelam reiteradas vezes a Constituição e a Lei, criando um clima de terror e insegurança no seio das populações”.