Angola deu um passo importante na luta contra a tuberculose, com a validação do Plano Estratégico Nacional de Tuberculose 2023-2027, reunindo a UNICEF, o Fundo Global, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento e a ONUSIDA, em Luanda. Esta iniciativa marca um momento importante na estratégia do país para enfrentar esta doença curável e prevenível, que continua a ser uma das principais causas de morte em todo o mundo.
Durante o processo de validação, foram discutidas estratégias e ações a adotar, tendo a OMS sublinhado a importância de um plano estratégico que enfrente os desafios impostos pela tuberculose multirresistente e a necessidade de financiamento adequado para atingir as metas estabelecidas para 2030 e 2035.
O Secretário de Estado para Saúde Publica, Pinto de Sousa, enfatizou a satisfação do Executivo Angolano em acelerar a luta contra a tuberculose. A estratégia delineada pelo Plano Estratégico Nacional reflete o compromisso de Angola em executar uma abordagem inovadora e multissetorial, colocando as pessoas no centro das ações de combate à doença. O responsável político referiu que a tuberculose tem um impacto negativo não só na saúde, mas também na economia do país e na vida das famílias, destacando o aumento de casos observados no ano anterior, atribuídos, em parte, ao confinamento pela COVID-19.
A expansão da rede de serviços de tuberculose e a capacitação dos municípios para diagnosticar e tratar a doença foram destacadas como vitórias importantes. No entanto, reconhece-se que ainda há muitos desafios pela frente, como a necessidade de aumentar o acesso descentralizado ao diagnóstico e tratamento, realizar ações de sensibilização sobre a tuberculose, encorajar as pessoas a realizarem diagnósticos e tratamentos precoces e garantindo que intervenções inovadoras sejam executadas de forma eficaz.
O Plano Estratégico Nacional de Tuberculose de Angola pretende ser um compromisso inabalável para “Pôr Fim à Tuberculose até 2035”, uma doença que, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), tirou a vida a 1,3 milhões de pessoas, em 2022.