Economistas e empresários mostram-se preocupados com a reserva alimentar em Angola, encontrando-se a mesma prevista para três meses, enquanto se combate o novo coronavírus (Covid-19).
Uma vez que o país importa 80% dos produtos da cesta básica, os especialistas consideram exagerada a procura face aos estragos da pandemia.
Após um encontro entre operadores do comércio e o novo ministro do setor, Víctor Fernandes, o economista Janísio Salomão alertou para a conjuntura internacional e reduziu a estimativa. A empresa da área alimentar referiu que o aumento da procura é equiparado a um cenário da quadra festiva.
Depois de ter terminado a correria imposta pela seca, com o Governo e o setor privado já na redefinição da fórmula para o combate à fome, a produção nacional voltou a ser submetida a um novo teste, desta vez devido à Covid-19, que coloca centenas de cidadãos à porta dos centros comerciais.
De acordo com o empresário Paulo Neves, ligado ao setor alimentar, “as pessoas, dentro das parcas possibilidades financeiras, fazem reservas a contar com a baixa do stock e a deterioração da situação da doença’’. No entanto, “com este exagerar do consumo das pessoas, do precaver para dias piores, vai haver problemas nos armazéns e nas lojas”.
Se tal cenário continuar, admite-se que o stock não irá aguentar.