Delegação do Tribunal Militar chinês visita Angola entre 23 e 26 de julho

De acordo com um comunicado do Supremo Tribunal Militar, uma delegação presidida pelo brigadeiro Liu Ligen, juiz presidente do Tribunal Militar chinês, encontra-se em Angola, entre hoje e quinta-feira, para encontros com António dos Santos Neto “Patónio”, juiz presidente do Supremo Tribunal Militar de Angola, bem como o Procurador-Geral de República (PGR) e elementos das Forças Armadas Angolanas (FAA).  

Refira-se que, em agosto de 2016, numa entrevista ao “Jornal de Angola”, António dos Santos Neto “Patónio”, juiz presidente do Supremo Tribunal Militar de Angola, referiu que os motivos que levavam a maioria dos militares angolanos a tribunal estavam relacionados com a “deserção”.  

Segundo António dos Santos Neto “Patónio”: “A maior parte dos crimes militares está relacionado com a deserção e deve-se a factores como a falta de comunicação e a deslocação dos militares de um ponto ao outro do país, por diferentes razões, sobretudo no período de férias. Por vezes ficam na condição de desertores em consequência de dificuldades monetárias e de transporte”.  

O juiz presidente do Supremo Tribunal Militar angolano acrescentou que: “Para melhor compreensão a nossa população militar é proveniente de diversas províncias do país e existem regiões militares que ficam distantes da área de residência do militar. Por exemplo, temos militares que residem em Cabinda e que estão em missão no Cuando Cubango, e os do Moxico que estão em missão no Cunene. E alguns, quando vão de férias para junto dos seus familiares, ficam com o regresso condicionado. Outro exemplo são os militares da Região Militar Sul, alguns dos quais se ausentam das unidades para resolverem problemas como a transporte do gado familiar. Posteriormente, regressam de forma voluntária e esses casos nós ponderamos. Além da deserção existem ainda alguns casos de conduta indecorosa e violência”.  

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