O líder e candidato presidencial da coligação CASA-CE, Abel Chivukuvuku, realizou um comício no passado sábado na província de Benguela, onde esteve durante três dias, passando pelos municípios de Catumbela e Ganda.
Durante o discurso, Abel Chivukuvuku considerou que “o partido no poder é composto por dirigentes insensíveis que nada fazem pelo bem-estar dos cidadãos”, e sublinhou “nós temos um país muito rico, mas o povo é sofredor. A maioria dos angolanos é pobre e não podemos permitir que num país tão rico a população continue a sofrer. E o culpado do nosso problema é o MPLA”, acrescentou.
Abel Chivukuvuku fez ainda referência ao slogan do próprio partido, e adiantou que a CASA-CE poderá garantir, caso seja eleita, “uma mudança pacífica, ordeira, positiva, inclusiva e segura”. Garantiu também que o partido não tomará posse até “saber onde está o dinheiro do Fundo Soberano. Antes de tomar posse, temos que ver onde é que está o dinheiro da reserva do Banco Nacional de Angola, quais são as dívidas que fizeram, onde e como é que gastaram o dinheiro”, explicou.
O líder da oposição promete “acabar com a fome em cinco anos” e “erradicar a pobreza num máximo de dez anos” e fez questão de frisar a necessidade de o político estar “próximo do cidadão”, hábito que tem vindo a caracterizar a sua campanha eleitoral. Chivukuvuku classificou os dirigentes angolanos como “insensíveis. Não andam a pé e convivem com o povo”.
A CASA-CE é a única coligação eleitoral em Angola e tem atualmente oito deputados na Assembleia Nacional. A ida às urnas está agendada para 23 de agosto.