Governo e UNITA aproveitam Feira dos Municípios e Cidades de Angola para marcarem posições nas eleições autárquicas

O Governo angolano e a União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) vão marcar presença na Feira dos Municípios e Cidades de Angola (Fmca), que irá decorrer na província de Benguela, entre os dias 21 e 24 de novembro. O objetivo é marcarem posições nas autarquias, que serão instaladas no país daqui a dois anos, em 2020.

De acordo com a “VOA Portugues”, a UNITA afirmou que apoia as iniciativas que contribuem para as autarquias e que o Orçamento Geral do Estado (OEG) tem dinheiro para instalar o poder local em todo o país. Recorde-se que o partido acusou recentemente o rival Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) de estar a preparar, com o dinheiro do Estado, candidatos com a transferência de competências para os Governos Provinciais.

A Fmca, que coincide com a segunda reunião do Conselho de Governação Local na província de Benguela, serve para que os vários municípios do país exponham as suas potencialidades económicas, sendo um evento focado, neste momento, nas futuras autarquias. A Feira, que irá decorrer sobre o lema “A Vida faz-se nos municípios”, contará com um fórum dos municípios e cidades de Angola.

Na abertura do evento, a vice-governadora provincial para o sector social, político e económico, Deolinda Valiangula, mencionou o Presidente da República angolano, João Lourenço. “No sentido de irmos já passando competências que eram de âmbito central para a província e da província para a base. Um indivíduo que está no município ou comuna, mais próximo do povo, deve resolver os problemas de forma imediata’’, declarou.

Para o secretário dos assuntos eleitorais da Presidência da UNITA, Victorino Nhany, a instalação das autarquias deve ser feita gradualmente. “Por uma questão de igualdade, nenhum município deve ser sacrificado relativamente a outro. Por outro lado, no âmbito do OGE, sempre foram alocados verbas para os municípios, pelo que as finanças não devem entrar no capítulo do impedimento. Reiteramos que continuamos a defender o gradualismo funcional’’, sublinhou.

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