O Presidente da República de Angola, João Lourenço, autorizou uma verba de 40 milhões de dólares para construção do edifício sede da Comissão Nacional Eleitoral e do Centro de Escrutínio Nacional.
A obra, a cargo do grupo israelita Mitrell, está envolta em polémica por não ser considerada uma prioridade por vários partidos, tendo em conta que Angola se encontra em recessão económica e com uma grave crise financeira.
Rafael Aguiar, o secretário-geral da Convergência Ampla de Salvação de Angola – Coligação Eleitoral (CASA-CE), critica a verba autorizada mas reconhece que o órgão “merece dignidade e investimento para gerir processos eleitorais credíveis e justos”.
No entanto, o secretário-geral da CASA-CE refere que o “O problema são as prioridades. Com a Covid-19 em progressão, com malária a matar muitas pessoas, com as escolas a precisarem de condições para retomarem as aulas, com a fome a castigar os pobres, não [é] aceitável que se gaste este dinheiro todo para construir um edifício da CNE”.
Esta questão trouxe também novamente à discussão a polémica indicação de Manuel Pereira da Silva para o cargo de presidente da Comissão Nacional Eleitoral. A oposição e outros segmentos sociais, contestam a sua nomeação sob a acusação deste ter sido indicado de forma menos transparente.