O Presidente da República, João Lourenço, exonerou esta quarta-feira o Conselho de Administração do Fundo Soberano de Angola (FSA), da qual fazia parte José Filomeno dos Santos (“Zénu”), filho do ex-Presidente José Eduardo dos Santos, enquanto Presidente do Conselho de Administração. Foi nomeando para o seu lugar Carlos Alberto Lopes, até aqui secretário para os Assuntos Sociais do Presidente da República, avança o jornal angolano Novo Jornal. Foram ainda exonerados os administradores executivos Hugo Miguel Évora Gonçalves e Miguel Damião Gago.
Para integrarem o novo Conselho de Administração do Fundo Soberano de Angola foram nomeados Laura Alcântara Monteiro, Miguel Damião Gago, Pedro Sebastião Teta, e Valentina de Sousa Matias Filipe, todos como administradores executivos.
Para além das exonerações no Fundo Soberano de Angola, João Lourenço nomeou Maria de Fátima Republicano de Lima Viegas para o cargo de secretária para os Assuntos Sociais do Presidente da República, e ainda José Manuel Mena Abrantes para o cargo de Consultor do Presidente da República. Por último, João Lourenço nomeou Francisca Salomé Massango de Brito para o cargo de diretora geral da Unidade de Informação Financeira.
Em novembro do ano passado, o Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação declarou o envolvimento do FSA na investigação “Paradise Papers”, onde expunha relações pouco claras do Fundo Soberano com a empresa suíça Quantum Global, responsável por uma boa parte dos investimentos do fundo angolano nas Maurícias. De acordo com a imprensa suíça, parte integrante da investigação, cerca de 3 mil milhões de dólares da FSA, teriam alegadamente sido colocados em sete fundos de investimento através da empresa Quantum Global. Apesar destas afirmações, a administração do Fundo Soberano de Angola defendeu-se na altura, e continua a defender-se, afirmando não realizar quaisquer atividades ilegais.