Cabo de fibra ótica vai ligar Angola ao Brasil

O presidente de Angola, José Eduardo dos Santos, aprovou uma garantia soberana de 260 milhões de dólares para financiar a instalação, por uma empresa participada por privados, de um cabo submarino de fibra ótica entre África e América. A decisão consta de um despacho presidencial assinado por José Eduardo dos Santos, de final de Fevereiro, envolvendo uma garantia soberana para cobrir o financiamento do Banco de Desenvolvimento de Angola (BDA) à empresa Angola Cables.

O site do banco japonês para a cooperação internacional (JBIC, na sigla em inglês) divulgou que esta instituição também vai participar no projeto com um empréstimo ao BDA no valor de 65,8 milhões de dólares.

O crédito faz parte de um acordo de co-financiamento com a Sumitomo Mitsui Banking Corporation, que entrou com 43,9 milhões de dólares, totalizando um empréstimo ao BDA de “aproximadamente” 109,7 milhões de dólares.

Este investimento visa a instalação de uma ligação de comunicações submarina entre Angola e o Brasil, denominada de Sistema de Cabo do Atlântico Sul (SACS), e outra entre o Brasil e os Estados Unidos, designada de Cabo das Américas (CA).

Com seis mil quilómetros de extensão, o cabo que ligará Luanda (Angola) a Fortaleza (Brasil) será composto por quatro pares de fibra com uma capacidade de transmissão de dados de 40 Tbps (terabits por segundo).

O segundo cabo ligará as cidades de Santos e Fortaleza com Boca Raton, na Florida (Estados Unidos da América), com cerca 10.556 quilómetros de comprimento e seis pares de fibra, com uma capacidade de 64 Tbps.

Este segundo projeto, que segundo informação da Angola Cables “vem sustentar as necessidades correntes dos utilizadores da América Latina”, será construído e operacionalizado em conjunto com a Algar Telecom (Brasil), Antel (Uruguai) e a Google, devendo estar operacional em 2016.

Na mesma autorização, assinada por José Eduardo dos Santos, sublinha-se que os dois projetos tecnológicos de fibra ótica, submarinos, “visam aumentar a capacidade de conetividade internacional, para e a partir de Angola”, e que reduzem os custos das ligações internacionais, fomentando, também, a expansão e a competitividade do setor das Tecnologias de Informação e Comunicação angolano.

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