O Governo de São Tomé e Príncipe decidiu regularizar a dívida acumulada de 150 milhões de dólares (136.375.000 euros) que tem com Angola, através de prestações mensais de 500 mil dólares (454.582 euros).
Segundo o ministro são-tomense das Finanças, Osvaldo Vaz, a empresa estatal Sonangol, fornecedora tradicional de combustíveis ao referido país lusófono, praticamente “fechou a torneira” a São Tomé e Príncipe.
“De facto o nosso fornecedor tradicional, que é a Sonangol, reduziu o fornecimento para um terço”, partilhou em conferência de imprensa, divulgando assim a causa da decisão angolana em reduzir para um terço a quantidade de combustíveis que fornecia ao país.
“E todos nós sabemos porquê que isso aconteceu. A dívida para com o fornecedor tem estado a aumentar assustadoramente e a nossa capacidade de pagamento está cada vez mais baixa”, realçou.
“O nosso Primeiro Ministro deslocou-se a Angola e acreditamos que o nosso parceiro tradicional ainda vai nos ajudar. Acreditamos que aumentem o fornecimento
acima de um terço”, acrescentou.
“Assumimos o compromisso de, em todos os meses, pagar à EMAE [Empresa de Água e Electricidade], e a EMAE pagar à ENCO [Empresa Nacional de Combustíveis e Óleos], valores não inferiores a 500 mil dólares a Angola. Para quem não pagava nada, já é um grande sinal. Acreditamos que vamos melhorar. Já pagámos os meses de julho e agosto, e vamos pagar o mês de setembro. É um grande esforço que o Governo está a fazer para sanear as finanças públicas”, concluiu.