Especialistas realçaram recentemente que a atividade económica global “segue resiliente e a reabertura da China deve compensar parte da desaceleração esperada nas economias avançadas” e que “é cedo para descartar recessão em alguns países, já que o efeito da política monetária restritiva ainda ficará mais evidente ao longo do ano”.
No Brasil, a desaceleração da atividade está a espalhar-se entre os setores da economia, com o “cenário de avanço modesto do PIB em 2023 e 2024, além de leve alta na projeção do IPCA para 2024”.
Segundo estes mesmos especialistas, “as medidas recentemente anunciadas pelo governo do Brasil ajudam a reduzir o déficit primário, mas são insuficientes para o ajuste fiscal. Assim, o novo arcabouço fiscal será fundamental para a sustentabilidade da dívida pública”.
A taxa de câmbio apresentou volatilidade e desempenho inferior aos pares nas últimas semanas, como reflexo dessas incertezas fiscais e “outros ruídos políticos”. Todo este cenário reforça a maior probabilidade de manutenção da Selic para este ano, com redução somente em 2024.