O presidente do Brasil, Luís Inácio Lula da Silva, tem conversado com líderes mundiais sobre temas que preocupam o seu país, como o reforço ao protagonismo do Brasil em questões ambientais no cenário mundial, cobrança a um ajuste da ONU que espelhe melhor a geopolítica internacional, Amazónia e conversações em torno da paz.
Lula obteve êxito no pedido de ajuda para a Amazónia junto do primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, que resultou no anúncio de que o Reino Unido investirá R$ 500 milhões, cerca de 100 milhões de euros, no Fundo Amazônia.
O presidente brasileiro defendeu ainda, diante de Rishi Sunak, a matriz energética limpa do Brasil e defendeu que o país está entre os grandes do mundo quando o assunto é meio ambiente e preservação de recursos naturais. Para Lula, a questão climática passa pela implementação de fontes de energia sustentáveis e renováveis, tema que o presidente brasileiro levou para o encontro do G7 no Japão.
Lula citou também a necessidade de um compromisso para que os acordos firmados nas principais conferências do clima tenham efetividade real.
“Se a gente deixar para que essa decisão seja cumprida a partir da decisão dos estados nacionais, ela não acontece. Porque muitas vezes os congressos não aprovam, os empresários não querem”, apontou Lula, que também sublinhou a necessidade de recursos para que a preservação seja efetiva nos países que ainda têm florestas. Segundo Lula, os países ricos que se industrializaram há dois séculos precisam ajudar países periféricos a protegerem a sua biodiversidade sem sacrificar as condições económicas das populações que vivem nesses biomas.
“Ao discutir a preservação das florestas, precisamos discutir também uma vida digna para quem vive na região. Podemos criar uma indústria verde para, além de não poluir, gerar recursos para o desenvolvimento. É importante levar muito a sério a questão climática”, disse Lula.
Ígor Lopes