Brasil: Rio de Janeiro com menos “mortes violentas”

O estado do Rio de Janeiro apresentou, no primeiro mês deste ano, redução de 34% nas mortes violentas intencionais (soma de homicídio doloso, lesão corporal seguida de morte, latrocínio e morte por intervenção de agente do estado). Os homicídios dolosos (quando há intenção de matar) também caíram em janeiro de 2022, 32% em comparação com o mesmo período de 2021 – contabilizando 251 casos, contra 368 no mesmo período do ano passado. Este número representa o menor mês de janeiro desde 1991, quando se iniciou a série histórica do Instituto de Segurança Pública (ISP) do Rio. As mortes por intervenção de agente do estado recuaram 37% em janeiro, quando comparado com o mesmo mês de 2021.

Outro destaque é a queda no indicador de roubos de rua (soma de roubo a transeunte, roubo de aparelho telemóvel e roubo em transporte coletivo). Neste ano, houve um declínio de 25% quando comparado com o mesmo período do ano anterior. Foram 4.813 registos em 2022 contra 6.435 em janeiro do ano passado, o que representa o menor mês de janeiro desde 2006. Os roubos de veículo também alcançaram números expressivos: redução de 20% em 2022.

Em declarações à imprensa, o governador do Estado do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, destacou a integração entre as forças de segurança do estaduais.

“A integração entre as polícias Civil e Militar é a grande responsável por esse resultado positivo. Estamos investindo fortemente na segurança pública para que as instituições trabalhem cada vez mais integradas, pois temos certeza de que dessa forma, a população fluminense será a grande beneficiada”, afirmou Castro.

Casos de polícia

Na produtividade policial, foram presos em flagrante pelas polícias civil e militar 2.637 pessoas, ou seja, cerca de 85 pessoas foram capturadas por dia no Estado. As polícias também retiraram de circulação 547 armas de fogo, sendo 54 fuzis. Essa foi a maior apreensão de fuzis para um mês desde agosto de 2019, segundo fontes.

A diretora-presidente do ISP, Marcela Ortiz, explicou que a queda dos indicadores pode ser um resultado da integração entre as forças de segurança do Estado.

“Essa redução que tivemos no início do ano é muito significativa, ainda mais se levarmos em consideração que em janeiro do ano passado a vacinação só começou na segunda quinzena do mês e a circulação de pessoas nas ruas ainda estava reduzida. Neste ano, o nível de isolamento social está bem menor e com a vacinação disponível para a população, a circulação de pessoas se normalizou, portanto, era previsto que os crimes de oportunidade voltassem a subir – o que não foi o caso em janeiro”, ressaltou Ortiz.

Ígor Lopes

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