O Governo do Brasil anunciou que está a ampliar os esforços para resgatar a dignidade das famílias que perderam as suas habitações em função das fortes chuvas registadas nos últimos dias no litoral norte de São Paulo. No último fim de semana, o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, sobrevoou as áreas atingidas pelas enxurradas e alagamentos para acompanhar de perto o trabalho de restabelecimento e recuperação da região e destacou que a habitação é uma das prioridades.
“O Governo Federal tem um grande programa habitacional: para você ter uma ideia da prioridade que vai ser dada à habitação, o orçamento era de R$ 82 milhões em 2023 e passou a ser R$ 10,4 mil milhões. A prioridade são as famílias de baixa renda”, explicou Alckmin, que sublinhou que “os mais afetados são sempre as famílias em situação de vulnerabilidade social, que terminam habitando em regiões inseguras, como em encostas”.
Alckmin reafirmou o compromisso do poder público, em todas as esferas, de agir de forma integrada para reverter a situação de crise. “São 14 mil áreas de risco no Brasil, com população de quatro milhões de pessoas”, lembrou este responsável, que disse ser preciso apostar na “prevenção”.
Segundo a Defesa Civil do Estado de São Paulo, após as chuvas, 2.251 pessoas ficaram desalojadas e outras 1.815, desabrigadas no litoral norte.
Para as cidades em emergência ou estado de calamidade, o Governo Federal do Brasil estruturou a resposta em duas frentes: uma, a partir de planos de trabalho, apresentados ao Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional (MIDR), a serem atendidos com recursos da Defesa Civil nacional; outra, com prioridade a famílias de baixa renda nos contratos do programa Minha Casa Minha Vida, retomado este ano com a previsão de contratar duas milhões de unidades habitacionais até o final de 2026.
Ígor Lopes