A despeito da posição “neutra” declarada pelo presidente Jair Bolsonaro, o Brasil votou nesta quarta-feira (2) pela imediata retirada das tropas russas da Ucrânia, em dura resolução aprovada pela Organização das Nações Unidas contra os ataques do governo de Vladimir Putin.
A resolução não possui efeito jurídico, mas impacta politicamente a Rússia, que passa a ser oficialmente reconhecida como uma agressora e fica isolada dentro do cenário internacional. O discurso de Bolsonaro, de que o Brasil não pode tomar partido sobre o assunto sob o risco de sentir efeitos económicos de sua posição, deu lugar na ONU à fala do embaixador brasileiro Ronaldo Costa Filho na Assembleia Geral, que, apesar de criticar a atuação da organização no episódio, apoiou o pedido de cessar-fogo imediato.
O texto “deplora nos termos mais fortes a agressão da Rússia contra a Ucrânia” e exige que a Rússia “cesse imediatamente seu uso da força contra a Ucrânia”, além de pregar a “retirada imediata, completa e incondicional de todas as suas forças militares”.
Carlos Vasconcelos – Correspondente