O Brasil tornou-se o 130º país a ratificar o Protocolo de Nagoya, uma emenda a um grande pacto de conservação global que estabelece regras específicas para proteger as reivindicações de um país sobre a sua biodiversidade.
A medida foi anunciada na semana passada pela Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB). Recorde-se que o atual governo do Brasil, liderado pelo presidente Jair Bolsonaro, tem vindo a receber críticas ao nível das suas políticas para a conservação da natureza, sendo acusado inclusive de enfraquecer a proteção ambiental.
Os especialistas referem que a adesão a este pacto pode refletir o interesse de longa data do Brasil em colher os benefícios económicos potenciais de exercer maior controlo sobre os recursos biológicos. Os cientistas, por sua vez, temem que novas regras tornem ainda mais difícil fazer pesquisas sobre biodiversidade no Brasil.
O Protocolo de Nagoya foi adicionado à CDB em 2010 tendo sido originalmente negociado em 1992. O protocolo pretende conseguir uma melhor repartição de benefícios, as nações signatárias concordaram também em não remover material biológico de um país sem permissão e em partilhar os lucros de quaisquer medicamentos ou outros produtos comerciais desenvolvidos a partir desse material.