Os candidatos rivais Jair Bolsonaro, do Partido Social Liberal (PSL), e Fernando Haddad, do Partido dos Trabalhadores (PT), que continuam a disputar o cargo de Presidente do Brasil até 28 de outubro, data da segunda volta das eleições presidenciais, decidiram apelar publicamente esta quarta-feira, 10 de outubro, contra a violência que tem ocorrido durante a campanha eleitoral entre simpatizantes dos dois políticos, principalmente desde a primeira volta realizada no domingo, 07 de outubro.
O candidato do PSL usou as redes sociais para publicar uma mensagem sobre as agressões existentes entre os cidadãos brasileiros. “Dispensamos voto e qualquer aproximação de quem pratica violência contra eleitores que não votam em mim. A este tipo de gente peço que vote nulo ou na oposição por coerência, e que as autoridades tomem as medidas cabíveis, assim como contra caluniadores que tentam nos prejudicar”, escreveu Bolsonaro.
Também o candidato do PT decidiu usar as redes para se pronunciar acerca deste assunto. “Estamos conversando com todas as forças que queiram conter a barbárie, que está em escalada no país. Nós temos que botar um fim nessa violência. É demais o que está acontecendo”, referiu. Haddad acrescentou ainda que o seu partido estava a receber “mensagem de atos de violência em todo o país, alguns chegam à imprensa, outros não, além da continuidade das mentiras pelo WhatsApp e pelo Facebook”, concluindo que esta situação “precisa parar. Violência não se responde com violência”.
Em Salvador da Bahia, um mestre de capoeira foi morto à facada na terça-feira, dia 9, após uma discussão política. O suspeito é apoiante de Jair Bolsonaro, que lamentou este episódio e afirmou que o seu simpatizante cometeu um excesso. “O que eu tenho a ver com isso? Eu lamento. Peço ao pessoal que não pratique isso. Eu não tenho controle sobre milhões e milhões de pessoas que me apoiam”, disse, sublinhando que também existia violência e intolerância do lado dos apoiantes de Haddad.
Segundo uma sondagem do instituto “Datafolha”, divulgada pelo jornal “Estadão”, o candidato do PSL continua a ser o preferido da maioria dos brasileiros, ao obter 58% dos votos válidos na segunda volta. Já o candidato do PT mantém-se em segundo lugar, com 42% dos votos, igualmente válidos. Recorde-se que, na primeira volta das eleições, Bolsonaro conquistou 46% dos votos e Haddad 29,3%.