A crise institucional que vive o Brasil ficou mais grave, com o desfile de tanques e equipamentos de guerra em frente ao parlamento e da principal corte de justiça do país, em Brasília.
Sob a justificativa de ser um desfile de rotina, o presidente, que ordenou o evento, não teve nenhum convidado importante presente, como os presidentes da Câmara dos Deputados, do Senado e os dirigentes dos tribunais superiores.
A Marinha passou com blindados e outros veículos militares em frente ao Palácio do Planalto para entregar um convite ao presidente Jair Bolsonaro na manhã desta terça-feira (10). O convite é para que ele compareça a um treino de militares das três forças que será feito em Formosa, Goiás, na região do Entorno do DF, a partir do dia 16.
O deputado federal e ex-presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), comparou Jair Bolsonaro a Alberto Fujimori, ex-presidente do Peru que também tentou demonstrar força com desfile de tanques, mas acabou julgado, condenado e preso.
“Eu lembro Fujimori. Ele fez um passeio com tanques e como terminou ele? Na cadeia. Então é bom que o presidente da República entenda que há limite na Constituição e naquilo que ele pode e deve fazer”, disse Maia no Twitter e em entrevistas concedidas ontem.