Confirmado o encontro entre o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e o presidente da China , Xi Jinping, marcado oficialmente para o período de 26 a 31 de março próximo. O anúncio foi feito nesta sexta-feira (17/03), pelo porta-voz do Ministério de Relações Exteriores, Hua Chunying.
De acordo com o diplomata, as conversas “devem promover a associação estratégica integral entre os dois países”, para “marcar o início de uma nova era” nas relações entre ambos”.
Será a primeira visita de Lula à China desde que iniciou seu terceiro mandato, em janeiro. “Convidado pelo presidente chinês, Xi Jinping, o presidente da República Federativa do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, fará uma visita de Estado”, referiu o porta-voz.
‘Parceiro absolutamente fundamental’: Clima, governança global e economia serão temas da visita de Lula à China, diz o assessor internacional do governo brasileiro, ex-chanceler Celso Amorim.
Em uma entrevista coletiva após o anúncio, o representante da diplomacia chinesa, Wang Wenbin, declarou que a visita “marcará o início de uma nova era e um novo futuro para as relações entre China e Brasil, a nível de chefes de Estado”.
As conversas devem “promover a associação estratégica integral entre China e Brasil a um novo nível, e haverá novas contribuições para a promoção da estabilidade e da prosperidade regional e global”, acrescentou.
Lula, que governou o Brasil entre 2003 e 2010, busca romper o isolamento internacional do país que marcou o mandato de seu antecessor, o político de extrema direita Jair Bolsonaro.
O anúncio da viagem acontece depois de Lula ter se reunido com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, na Casa Branca em fevereiro.
Em um momento de tensão internacional pela guerra na Ucrânia, Lula estimula uma proposta para que o Brasil participe em um eventual processo de diálogo entre várias nações para encerrar o conflito entre Moscou e Kiev.
A China é o maior parceiro comercial do Brasil, com US$ 152 bilhões (R$ 803 bilhões) de comércio bilateral no ano passado, muito à frente dos EUA, com US$ 88,8 bilhões (R$ 469 bilhões).
As duas economias integram o grupo de economias emergentes BRICS, ao lado de Rússia, Índia e África do Sul. Lula expressou o desejo de retomar os laços cordiais com a China, em contraste com o antecessor.
A China anunciou em janeiro um convite ao presidente brasileiro, mas não havia divulgado uma data específica para a visita.
Carlos Vasconcelos – Correspondente