O presidente Bolsonaro foi sondado pelo governo norte-americano sobre a possibilidade de firmar compromisso pela vacina contra a nível mundial. Fontes no Itamaraty confirmaram que consultas foram realizadas por parte dos americanos sobre a participação do Brasil.
Na Secretaria de Comunicação do Palácio do Planalto, porém, não há confirmação sobre a presença do presidente Jair Bolsonaro, que até hoje não se vacinou. O objetivo de Biden é aproveitar a Assembleia Geral da ONU, que ocorre na semana que vem, para fechar de uma maneira paralela um compromisso global de governos para que haja uma maior distribuição de vacinas e um aumento de produção.
Já está confirmada a presença do primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, que poderá anunciar durante o evento a retomada de exportações de vacinas da Índia. O país asiático era a grande aposta de fornecimento de doses pelo mundo.
No caso brasileiro, a OMS considera que o país tem o potencial para ser um dos futuros pilares da exportação de doses, a partir de 2022, e principalmente para a América Latina, região que também sofre com a falta de abastecimento. Nessa estratégia, uma das apostas é garantir uma maior produção de doses no Brasil, inclusive para iniciar exportações e fornecimento para a região latino-americana.
A dificuldade é fazer o Governo brasileiro tratar a vacina como uma prioridade. Entretanto, o facto do próprio presidente Bolsonaro não aderir à vacinação põe em xeque esta iniciativa. O presidente Joe Biden tem esperança numa reviravolta nesse sentido.