O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, decretou emergência na reserva indígena Ianomâmi, para resolver os graves problemas de saúde e abandono dos nativos diante da falta de acompanhamento do governo federal.
Na noite de sexta-feira, 20 de janeiro, o Ministério da Saúde declarou emergência de saúde pública para enfrentar falta de assistência sanitária das populações no território Yanomami. Desde segunda-feira (16), técnicos da pasta resgataram pelo menos oito crianças Yanomami em estado grave.
O presidente Lula também decretou a criação do Comité de Coordenação Nacional, para discutir e adotar medidas, em articulação com os vários poderes para prestar atendimento a essa população. O plano de ação deve ser apresentado no prazo de quarenta e cinco dias, e o Comité trabalhará por 90 dias, prazo que pode ser prorrogado.
Lula esteve em Roraima, uma viagem que também era um desejo antigo de lideranças indígenas que participaram nos grupos técnicos do gabinete de transição do petista.
A viagem a Boa Vista foi comentada nas redes sociais pelo Presidente da República, “Bom dia. Chego agora pela manhã a Boa Vista e visitarei o hospital indígena e a Casa de Apoio à Saúde Indígena, onde conversarei com profissionais de saúde e povo Yanomami. Somaremos esforços na garantia da vida e superação dessa crise”.
A avaliação feita pelos integrantes é que a situação sanitária no território caminha para uma “crise humanitária” – devido ao aumento de casos de desnutrição em crianças e ao avanço do garimpo ilegal na região.
Carlos Vasconcelos – Correspondente