O Brasil terá segunda volta nas eleições presidenciais, a realizar-se dia 30 de outubro. O resultado saiu cerca de cinco horas após a votação e o Tribunal Superior Eleitoral não sofreu contestação sobre o processo eleitoral. Lula teve 56 milhões de votos e Bolsonaro recebeu pouco mais de 50,6 milhões de votos, 48% e 43,5% da votação respectivamente.
Especialistas avaliaram que as pesquisas não previram o resultado tão apertado entre os dois candidatos. Para Leandro Mazzini, jornalista político em Brasília, a metodologia utilizada tem que ser reavaliada. Segundo ele, os institutos economizaram nos questionários com a população do interior do país, onde ocorreu a maior surpresa.
O quarto colocado na eleição, o ex-ministro Ciro Gomes, que teve 3% da votação (cerca de 3,5 milhões de votos) disse na noite de domingo que vai analisar que posição vai tomar na segunda volta. Ele discursou após o resultado das eleições gerais em Fortaleza. O pedetista não passou para o segundo turno na disputa pelo Executivo nacional.
Conforme Ciro, sua preocupação é com o rumo do Brasil. “Quero dizer a vocês que estou profundamente preocupado com o que eu estou assistindo acontecer no Brasil”, declarou o candidato. Ele também agradeceu aos eleitores que votaram nele.
“Por isso, eu peço a vocês que me deem mais algumas horas para conversar com os meus amigos, com o meu partido para que a gente possa achar o melhor caminho para bem servir à nação brasileira”, complementou Ciro.
Antes, durante o dia do pleito eleitoral, grupos bolsonaristas passaram a divulgar resultados falsos de urnas e seções na Europa, apontando para uma suposta vitória ampla do presidente Jair Bolsonaro. Os dados contradizem as divulgações feitas pelos principais consulados e seções eleitorais nas capitais europeias.
Em alguns dos casos, como na Suíça, as urnas nem sequer tinham sido contabilizadas quando, nos grupos de WhatAapp e redes sociais, circulavam informações de uma falsa vitória do candidato de direita. “Minha irmã viu tudo e ela falou que Bolsonaro ganhou lá (Suíça)”, afirmou.
Carlos Vasconcelos – Correspondente