O presidente Jair Bolsonaro recebeu, esta terça-feira, a visita do assessor especial do governo dos Estados Unidos, Christopher Dodd, enviado de Joe Biden a Brasília, para discutir a participação dele na Cúpula das Américas, que vai ocorrer de 6 e 10 de junho, em Los Angeles, Califórnia. O encontro ocorreu fora da agenda oficial do chefe do Executivo.
O presidente dos EUA, Joe Biden, tenta convencer Bolsonaro da importância da participação do país na cúpula. Segundo o Ministério de Relações Exteriores, o Brasil confirmou presença na reunião, mas ainda não está decidido quem será o representante. Bolsonaro nunca participou de encontro do colegiado desde que foi eleito.
“Nesta manhã, no meu encontro com o presidente Bolsonaro, reiterei o nosso desejo de que o Brasil seja um participante ativo da Cúpula, pois reconhecemos a responsabilidade coletiva de avançar para um futuro mais inclusivo e próspero”, referiu Dodd, em declaração divulgada logo após a reunião.
Já o ministro das Relações Exteriores, Carlos França, não é tão otimista quanto à presença do presidente. Em audiência pública na Comissão de Relações Exteriores da Câmara, na semana passada, o chanceler afirmou não haver entusiasmo de Bolsonaro para ir à Cúpula. “Devo dizer que essa é uma cúpula que tem tido, aparentemente, num primeiro momento, uma baixa adesão”, ressaltou na ocasião.
França ainda relatou ter conversado com diplomatas argentinos e que muitos países não querem participar pelo fato de Biden não ter convidado Venezuela, Cuba e Nicarágua. Caso, por exemplo, do presidente mexicano, Manuel López Obrador.
Carlos Vasconcelos – Correspondente