Dados divulgados recentemente pelo Instituto de Segurança Pública (ISP) do Estado do Rio de Janeiro, Brasil, apontam que, no primeiro trimestre deste ano, este Estado apresentou “os menores números de homicídio doloso nos últimos 31 anos”.
Entre janeiro e março de 2022 registaram-se 760 vítimas, “o que representa uma diminuição de 18% quando comparado com o mesmo período do ano passado”. Este indicador também registou uma queda no mês de março, de 18%.
Este mesmo levantamento refere que outros crimes contra a vida também tiveram “reduções expressivas” no primeiro trimestre, como o roubo seguido de morte (latrocínio). “O indicador caiu mais da metade em três meses no Estado – foram 14 vítimas em 2022, contra 32 em 2021”.
“Este também foi o menor valor para o período desde 1991. A letalidade violenta – que inclui homicídio doloso, lesão corporal seguida de morte, roubo seguido de morte e morte por intervenção de agente do Estado – recuou 23%, também o menor valor para os três meses desde 1991. Já as mortes por intervenção de agente do Estado apresentaram diminuição de 30% no período”, refere este levantamento.
“Mais uma vez os crimes contra a vida batem recorde de redução, alguns apresentando o menor resultado em mais de 30 anos. Isso é consequência do trabalho que vem sendo realizado pelas polícias Civil e Militar, com reforço do Segurança Presente. Trabalhamos para alcançar redução em todos os indicadores, mas a vida é o bem maior e preservá-la é prioridade do nosso governo”, ressaltou o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, que se encontrou em Lisboa, nas últimas semanas, com o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa.
Em relação aos crimes contra o património, os roubos de rua (roubo a peões, roubo em transportes coletivos e roubo de telemóveis) tiveram queda de 24%, registando “o menor valor para o trimestre desde 2006, com 14.499 caso”. Os roubos de veículo e de carga também registaram diminuição em três meses, de, respetivamente, 16% e 5%.
“Os resultados positivos da segurança pública estadual não são triviais. Além dos crimes contra a vida, que estão atingindo regularmente os melhores números, os crimes contra o património seguem o mesmo caminho. Os dados só reforçam a importância de um trabalho integrado entre as polícias”, afirmou a diretora-presidente do Instituto de Segurança Pública, Marcela Ortiz.
Segundo apurámos, os dados divulgados pelo ISP são referentes aos registos de ocorrência registados nas esquadras da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro.
Ígor Lopes