Os líderes partidários já indicaram os nomes de representam os seus partidos na comissão do Senado que vai analisar a abertura de impeachment a Dilma Rousseff, excepto a coligação Partido dos Trabalhadores/Partido Democrático Trabalhista, no Governo, que só vai formalizar a indicação na sexta.
O governo está em minoria na comissão que estará constituída oficialmente na segunda-feira para analisar a abertura do impeachment já aprovada pela Câmara dos Deputados.
Os senadores do Partido dos Trabalhadores (PT), e de outros partidos reuniram-se com os ministros Nelson Barbosa, da Fazenda, e com o advogado-geral da União José Eduardo Cardozo. O partido com maior representação, o Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) indicou para presidente da comissão, o senador Raimundo Lira.
Sobre a questão do posicionamento dos integrantes da comissão, o presidente já tinha se declarado a favor do impeachment da presidente Dilma, mas atenuou a sua posição. “Eu não tenho uma posição porque eu não posso ter um juízo de valor se vou presidir a uma reunião com opiniões divergentes, senão não teria a condição de presidir”, disse o senador Raimundo Lira.
Entretanto o Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) quer ficar com a relatoria da comissão e indicou o senador António Anastasia, mas o PT não concorda e vai nomear outro relator. “O relator deve ser uma pessoa imparcial e que tenha a característica de dialogar com todos os lados”, disse o senador Lindbergh Farias.
“Não compete ao PT estar a opinar sobre isso. A regra do processo é eleição. Nós vamos submeter a votos o nome do presidente e do relator da comissão e existe um entendimento entre os partidos que será respeitado”, retorquiu o senador Cássio Cunha Lima.