Na madrugada desta quarta-feira 6 de Outubro o secretário adjunto para a Informação e Marketing do Movimento Independentista de Cabinda (MIC), António Victor Tuma, vulgo “Nelinho”, foi detido na sua residência por agentes do Serviço de Investigação Criminal (SIC).
Segundo testemunhos, por volta das 04:00 horas agentes do SIC arrombaram “com extrema violência” a entrada da residência do activista do MIC, na zona do 1º de Maio da cidade de Cabinda, e destruíram parcialmente uma parte da habitação, tendo detido António Victor Tuma sem “darem qualquer explicação”.
Também na manhã desta quarta-feira, por volta das 07:00 horas, o activista do MIC, Alexandre Dunge, foi detido na sua residência no bairro Lombo, na cidade de Cabinda, por agentes do SIC. Fontes em Cabinda precisaram que António Victor Tuma e Alexandre Dunge foram encarcerados na prisão do SIC da cidade.
Na mesma operação do SIC foram também detidos os activistas do MIC João Matoco Lembe, José Baza, André Mavungo, Mateus Paca e Rui Mateus Bica.
Após receberem a informação que “agentes do SIC estavam a efectuar rusgas às casas de outros activistas, para procederem a novas detenções”, elementos da direcção do Movimento Independentista optaram por abandonar precipitadamente as suas residência e permanecerem em locais “discretos” até esclarecimento dos motivos legais das detenções de António Victor Tuma e Alexandre Dunge.
As detenções de António Victor Tuma e Alexandre Dunge ocorrem quando o MIC tem em curso uma acção de “sensibilização porta a porta” na cidade de Cabinda para os cidadão não efectuarem os registo eleitorais e não votarem nas próximas eleições, que qualificam como “eleições angolanas e não cabindas” e “os cabindas votando estão a reconhecer implicitamente que Cabinda faz parte de Angola”. Durante a mesma acção o MIC exige um referendo pela “autodeterminação de Cabinda como meio para obter a independência”.