Gabriel Félix Monzo, conhecido como “Dores”, membro do Estado-Maior da Frente de Libertação do Enclave de Cabinda / Forças Armadas de Cabinda (FLEC/FAC) foi capturado às 13:00 horas desta segunda-feira, 31 de julho, por uma patrulha das Forças Armadas Angolanas (FAA) na região de Massabi, junto à fronteira de Cabinda com a República do Congo.
Pretendendo intercetar a patrulha das FAA e resgatar Gabriel Félix Monzo “Dores”, um comando da FLEC/FAC foi enviado para o local, tendo efetuado uma emboscada às 21:00 horas do mesmo dia entre as aldeias de Tchitanzi e Tchimiza.
Na operação “dois soldados angolanos foram mortos e vários ficaram feridos”, confirmou fonte da guerrilha cabindesa que lamentou que, “apesar da violência da ação”, não foi possível libertar Gabriel Félix Monzo “Dores”.
Segundo membro da direção da FLEC/FAC “Gabriel Félix Monzo ‘Dores’ foi transferido para a cidade de Cabinda onde está a ser sujeito a torturas pelo serviço de segurança militar”. A mesma fonte teme que Gabriel Félix Monzo “Dores” seja assassinado porque este “tem sido o destino que as FAA reservam aos guerrilheiros da FLEC, depois de os torturarem”, disse.
Vários responsáveis da FLEC/FAC e nacionalistas cabindeses têm sido alvo de execuções em Cabinda, República do Congo e República Democrática do Congo (RDC). Gabriel Augusto Nhemba “Pirilampo” e Maurício Lubota “Sabata” foram capturados e executados em 2011, assim como João Alberto Gomes “Noite e Dia”, David Zau, Sebastião Mazunga, José Clemente Mavungo em 2012, e João Massanga “Homem de Guerra” em 2015. A 17 de setembro de 2016 o corpo de João Baptista Ngimbi, conhecido como “Sem Família”, responsável adjunto da informação da FLEC/FAC foi encontrado por militares congoleses na margem do rio Chiloango, entre as aldeias de Conde Cavungo e Kibuende, junto à fronteira de Cabinda com a RDC.