A Frente de Libertação do Estado de Cabinda – Forças Armadas de Cabinda (FLEC-FAC) considera que “hoje Angola deixou de ser um interlocutor válido para negociar com a FLEC-FAC devido às traições e dissidências que Angola faz face no seu interior e que contribuem na perda total da credibilidade de Angola na resolução do conflito em Cabinda”.
Através de um comunicado a organização destaca a importância da data de 8 de Novembro de 1975 “que marcou o início da Guerra Clássica”, quando a FLEC-FAC iniciou “uma valorosa operação defensiva contra as forças de ocupação do MPLA apoiadas por um contingente de tropas cubanas e perante a cumplicidade das tropas portuguesas”.
No mesmo documento a direcção Politico Militar do movimento independentista refere que “desde o fim da Guerra Clássica e início da protecção militar das populações e dos territórios das Zonas Libertadas a FLEC-FAC demonstra que a máquina de guerra de Angola sempre foi ineficaz no território que pertence apenas aos Cabindas”.
“Passados 43 anos a FLEC-FAC apela à população de Cabinda a manter o mesmo espírito heróico dos nossos combatentes em 1975 contra todos aqueles que pretendem ocupar a nossa Pátria e esmagar a nossa identidade”, lê-se no comunicado.
Para Jean-Claude Nzita, secretário para a Informação e Comunicação e porta-voz da organização, que assina o documento, “desde a criação da FLEC” que o movimento “sempre manifestou disponível para negociar com o ocupante português e a partir de 1975 com o ocupante angolano. Lamentavelmente Angola nunca deu um sinal que privilegiasse a Paz como solução”.