O movimento independentista cabindês, FLEC/FAC, reagiu às declarações do ministro da Defesa angolano Salviano Sequeira quando afirmou que a situação está calma em Cabinda e que desconhece a existência de militares das FAA mortos em combate com as Forças Armadas de Cabinda (FAC), braço armado da Frente de Libertação do Estado de Cabinda (FLEC). Através de um comunicado a FLEC/FAC referiu também que o ministro da Defesa angolano disse que o chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas de Angola não o informou dos confrontos em Cabinda.
No mesmo documento, o Tenente General Afonso Nzau, Director-geral do Serviço de Inteligência Externa da FLEC/FAC, referindo a “ignorância e desconhecimento da realidade militar em Cabinda” do ministro da Defesa, formulou um convite a Salviano Sequeira para visitar uma das bases da FLEC/FAC no enclave e “no mesmo momento assinar um acordo de principio para pôr termo ao conflito em Cabinda”.
Acusando os “oficiais das FAA e o chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas de Angola” de mentirem ao ministro da Defesa angolano, “apenas com o objectivo de manterem os seus negócios e tráficos privados em Cabinda”, a resistência cabindesa “lamenta também que Angola ignore os seus filhos que perderam a vida em Cabinda e que humilhe as famílias destes militares”, lê-se no comunicado difundido esta quinta-feira.