O Tribunal da Comarca de Cabinda absolveu esta quarta-feira, 21 de Abril, Maurício Bufita Baza Gimbi, André Lelo Bônzela e João da Graça Mampuela, membros da organização União dos Cabindeses para a Independência (UCI), dos crimes de “rebelião, ultraje ao Estado e associação criminosa”.
Em declarações à e-Global o presidente da UCI, Maurício Bufita Baza Gimbi disse que “a absolvição é o reconhecimento da justa causa da UCI mas também de todo o povo de Cabinda”. Maurício Gimbi reiterou também que todas as “acusações eram infundadas e sem provas”, tal ficou patente na decisão do Tribunal.
Segundo Maurício Gimbi os militantes da UCI visados no processo não vão exigir uma indemnização ao Estado angolano, por os mais de oito meses de detenção em condições degradantes, e alvo de “torturas psicológicas”, devido a que “qualquer indemnização deveria abranger sempre todo o povo de Cabinda”.
A 28 e 30 de Junho de 2020 Maurício Bufita Baza Gimbi, André Lelo Bônzela e João da Graça Mampuela foram detidos quando supostamente tentavam colar panfletos que apelavam ao diálogo para pôr termo ao conflito Cabinda. Uma acusação que Maurício Bufita Baza Gimbi sempre rejeitou e defendeu que no momento da detenção, “não estava a colar qualquer panfleto”.
Acusados de “rebelião, ultraje ao Estado e associação criminosa” e após cerca de oito meses de detenção, a 19 de Fevereiro 2021, os três militantes da UCI foram colocados em termo de identidade e residência. Esta quarta-feira, 21 de Abril, o Tribunal da Comarca de Cabinda absolveu os três activistas.