Esta segunda-feira, 28 de fevereiro, a Frente de Libertação do Estado de Cabinda / Forças Armadas de Cabinda (FLEC/FAC) “executou um ataque muito bem organizado a um pelotão das FAA” na aldeia de Munenga, a poucos metros do Lago Massabi, precisou o Tenente-general Alfonso Nzau através de um comunicado.
Na operação, que terá durado “25 minutos”, a FLEC/FAC afirma que “8 soldados angolanos morreram e outros dois ficaram gravemente feridos”, tendo sido também registado “um morto e quatro feridos” nas forças da guerrilha.
O mesmo militar afirma ainda que na quarta-feira, 1 de março, “na aldeia de Chinganga (Yabi) às 06:50 horas, as FAC lançaram um ataque contra uma viatura 4X4 do exército angolano que lhes custou 2 baixas”.
O documento da FLEC/FAC refere também que no Município de Cacongo, nas Aldeias de Munenga, Tchisissi, Tchivovo e Mandarim, “foram presos 7 aldeões jovens e um Coordenador tradicional (de Munenga) e estão na Cadeia do Comando da Região”, acrescentando que “os civis inocentes são injustamente presos pelos angolanos, sob pretexto de apoiarem as FAC. Duas casas de civis na aldeia de Chibwete foram saqueados e queimados pelas FAA”.
Apelando a população de Cabinda “à desobediência civil em todo o território”, o Tenente-general Alfonso Nzau refere que “cabe ao povo de Cabinda revoltar-se contra a ocupação angolana na sua terra e de impor a sua vontade como povo soberano”.
A Frente de Libertação do Enclave de Cabinda / Forças Armadas de Cabinda (FLEC/FAC) confirmou também o ataque de segunda-feira, precisando que este ocorreu “no lugar no Ntungo perto de lago de Massabi na comuna de Massabi, município de Cacongo”. No entanto, devido às condições em que decorreu a operação, tendo os guerrilheiros retirado para as matas logo após a ação, não foi possível apurar o número de eventuais vítimas.