Exigindo o direito à autodeterminação e independência de Cabinda como “única saída conforme à legalidade internacional”, a Frente para a Libertação do Estado de Cabinda – Forças Armadas de Cabinda (FLEC-FAC) apelou a União Africana (UA), União Europeia (UE), ONU, bem como ao presidente da República do Congo, Denis Sassou-Nguesso, a pressionarem Angola nesse sentido, lê-se num comunicado difundido esta segunda-feira 9 de Maio.
O porta-voz do movimento independentista, Jean Claude Nzita (na foto), que assina o documento, pede também que o presidente congolês, a UA, UE e Nações Unidas que organizem “um referendo de autodeterminação livre e justo em Cabinda” que permita ao povo cabindês “determinar o seu destino e decidir sobre o seu futuro político e não permanecer para sempre refém de Angola”.
No mesmo documento a FLEC-FAC apela também ao Papa Francisco para que use a sua influência “para que o Governo angolano aceite a realização de um referendo de autodeterminação no território de Cabinda sob a égide da ONU”.
Com o aproximar da data das eleições em Angola, que a FLEC-FAC defende que os cabindas devem boicotar, o movimento independentista lançou uma ofensiva militar no território em simultâneo com uma ofensiva diplomática.