Os treze membros do Movimento Independentista de Cabinda (MIC) foram libertados após serem acusados de participarem numa reunião supostamente não autorizada pelas autoridades do Governo Provincial de Cabinda.
Durante o período de detenção “Arão Bula Tempo, advogado da Defesa, foi ameaçado por um elemento da Segurança do Estado. Paulo Bovo Zinga, de 23 anos, foi espancado pela Polícia, por manifestar intenção de entrar na sala de audiências para assistir ao julgamento. Outro jovem, Cruz Zinga, foi também vítima de violência policial, pela tentativa de filmar as pessoas que estavam em frente do TCC”, relatou José Marcos Mavungo Activista dos direitos humanos.
O MIC é uma das mais recentes organizações nacionalistas cabindesas composta por jovens estudantes. A direcção do Movimento preparava uma conferência de apresentação pública do projecto MIC quando os treze responsáveis e simpatizantes foram detidos acusados de “crimes contra a segurança do Estado e burla por defraudação”.
A 06 de Agosto, através de um comunicado assinado pelo Secretário para Informação e Marketing político, Sebastião Macaia Bungo, o Movimento Independentista de Cabinda lançou um apelo aos “líderes religiosos, dos partidos políticos angolanos, representantes das sensibilidades politicas cabindesas, activistas cívicos, autoridades tradicionais” a participarem no lançamento do MIC a 11 de Agosto.
O MIC defende que luta “pela independência por vias pacificas, em Cabinda como na diáspora, priorizando as vias diplomáticas e do diálogo”. Os seus responsáveis afirmam que: “Defendemos abertamente as nossas convicções, com seriedade e determinação, sem medo da morte ou de qualquer outro tipo de represália”.