Resistência cabindesa acusa João Lourenço de querer transformar Cabinda no “Guantánamo Angolano”

FLEC-FAC jean claude nzita

Através de um comunicado o Governo Provisório da Frente de Libertação do Estado de Cabinda (FLEC) exigiu esta quinta-feira, 14 de Fevereiro, a “libertação imediata” dos 77 patriotas detidos em Cabinda.

No mesmo documento a Direcção Política da FLEC acusa o presidente de Angola João Lourenço de distrair a Comunidade Internacional com “reformas puramente cosméticas “ e levar a cabo “uma violenta e sistemática repressão em Cabinda contra todos que reclamam por liberdade e dignidade”.

“Apoiado por uma Máfia institucionalizada João Lourenço diz pretender combater a corrupção e os abusos em Angola, mas Cabinda é uma excepção”, demonstrando “inequivocamente que Cabinda não é Angola”, refere o documento assinado pelo Secretário para a Informação e Comunicação e porta-voz da organização, Jean Claude Nzita.

Denunciando a “contínua e crónica militarização de Cabinda pelas tropas neocolonialistas angolanas” a Direcção Política da FLEC critica a “justificação mitómana avançada pela oligarquia angolana” de pretender garantir a segurança das fronteiras do enclave, e acusa o poder angolano de “mais uma manobra de diversão para distrair a comunidade internacional e fazer de Cabinda o Guantánamo Angolano”.

Apelando à população de Cabinda a denunciar “todos os actos de violações dos Direitos Humanos”, até que a Comunidade Internacional reconheça que os Cabindas “também são humanos e têm de ser protegidos contra a voracidade belicista e repressiva de João Lourenço e dos seus fiéis predadores”, a FLEC lança também um apelo às Nações Unidas a “protegerem a população de Cabinda e forçarem Angola a terminar definitivamente com a repressão, militarização e genocídio em curso da identidade Cabindesa”.

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