Por ocasião da celebração do 60º aniversário da sua criação, a Frente de Libertação do Estado de Cabinda – Forças Armadas Cabindesas (FEC-FAC) difundiu um comunicado em que reafirma o seu objectivo na “defesa da dignidade e da Independência do povo cabindês”.
No mesmo documento, o porta-voz da FLEC-FAC, Jean Claude Nzita, vinca que Cabinda é a “última nação africana por descolonizar”, lembra também que ao longo de 60 anos a FLEC-FAC “nunca baixou as armas, nem a sua determinação” e que no decorrer da luta “Portugal abandonou Cabinda, Cuba retirou de Cabinda e Angola deixará Cabinda”.
A FLEC-FAC lamenta que ao longo de 60 anos “foi traída com promessas nunca cumpridas, por altos dignitários portugueses que ainda orbitam nos corredores do poder. Traída também por dirigentes angolanos cujas promessas foram e são instrumentos apenas para reforçar o seu controlo e usurpação de Cabinda”, lê-se no comunicado. “A FLEC-FAC foi traída também por cabindas sem convicções que aliaram-se ao ocupante, colaborando activamente no massacre da sua identidade e dignidade”, refere o porta-voz da organização.
Vincando que a FLEC-FAC “nunca recusou dialogar, mas sempre recusou submeter-se como exigiu Angola”, no mesmo documento a organização independentista apela a todos dirigentes e activistas políticos de Cabinda a “ultrapassarem os seus diferendos e constituírem uma frente unida”, em que cada um mantém a sua independência e liberdade política, “que permitirá sincronizar e coordenar as acções politicas, sociais e militares que forcem Angola a negociar”.
No mesmo comunicado o porta-voz da FLEC-FAC, Jean Claude Nzita, sublinha que “a luta armada é um prolongamento da luta política e diplomática, e todos os cabindas devem participar nesta luta e tornar Cabinda num território que reponde” às aspirações do povo cabindês, “mas insuportável para o ocupante e seus colaboradores”.