A guerrilha independentista cabindesa propôs ao general Fernando Garcia Miala a chefiar uma delegação para “relançar o processo de paz” entre Angola e a FLEC-FAC nas bases do movimento em Cabinda.
Através de um comunicado gravado e lido pelo Chefe de Estado-Maior Adjunto das Forças Armadas de Cabinda (FAC), General Zacharia Bràs Soni Mwaniem, a Frente de Libertação do Estado de Cabinda (FLEC) precisa que as FAC “têm um grande respeito pelo general Fernando Garcia Miala porque ele falava com responsabilidade, respeito e sem tabu com o falecido presidente Nzita Henriques Tiago, fundador das FAC”.
No comunicado a FLEC-FAC propõe ao Presidente de Angola João Lourenço e ao Governo angolano o “início de um diálogo directo e franco para a busca de uma solução pacífica para pôr fim ao conflito em Cabinda”. Segundo Zacharia Bràs Soni Mwaniem a FLEC-FAC está disponível para iniciar negociações “sérias e directas” com Angola, “sem qualquer intermediário ou interferência de supostas mediações de organizações e grupúsculos descredibilizados em Cabinda e no mundo”.
“Como manifesto da disponibilidade para negociar a Paz em Cabinda, a FLEC-FAC solicita ao Presidente de Angola João Lourenço e ao Governo angolano para procederem à libertação imediata e incondicional de todos activistas e todos os cidadãos de Cabinda detidos por manifestarem os seus ideais políticos e acreditarem na liberdade de expressão”, refere ainda o comunicado lido pelo General Zacharia Bràs Soni Mwaniem, Chefe de Estado-Maior Adjunto das FAC.