Lígia Herbert, Presidente do SINDPROF, reitera que “é urgente arrepiar caminhos e acabar com as passagens automáticas, para o bem da qualidade da educação”.
Essa constatação foi feita depois da visita do SINDPROF às escolas, em que “tivemos contacto com algumas pautas dos alunos do 1º ciclo do ensino básico (1º ao 4º ano). Aquilo que constamos é que existem, nalgumas escolas, muitas negativas, sobretudo dos alunos já repetentes”.
Lígia Herbert, disse ainda que “as nossas crianças são capazes de encarar e vencer os obstáculos encontrados no processo ensino – aprendizagem, por isso não precisam de facilidades no ensino”.
Por isso a SINDPROF, defende que a “passagem automática” só faz sentido do 1º ano ao 2º ano, já que no 1.º ano as crianças encontram-se numa fase de adaptação e de aprendizagem da escrita, “fora isso, as passagens automáticas nos outros anos só trouxeram mais reprovações, o que acaba por enfraquecer a qualidade do ensino”.
O SINDPROF, relembrou que esta foi uma decisão introduzida pelo Ministério da Educação, ME, “sem auscultar os professores”, por isso, é preciso “passar a ouvir os professores antes de serem tomadas certas decisões no que tange ao sistema de ensino. Se perguntarmos a todos os professores que lecionam no 1º ciclo do ensino básico, todos dirão que são contra a passagem automática e que tal trouxe mais desvantagens que vantagens”.
SINDPROF solicitou ainda que a Direção Nacional da Educação faça uma reflexão profunda sobre este quesito.