O advogado Amadeu Oliveira, também deputado da UCID, admitiu no Parlamento de Cabo Verde que planeou e concretizou a fuga do seu cliente Arlindo Teixeira para França. Este encontrava-se em prisão domiciliária por ter sido condenado por homicídio.
O político assume-se um crítico do sistema de Justiça cabo-verdiano e disse estar “estupefacto” por ainda não ter sido preso. “Eu já ofereci a minha cabeça para ser preso. Até estou estupefacto porque é que ainda não fui preso. Porque confesso: eu, Amadeu Oliveira, como defensor oficioso nomeado pelo Estado, concebi, estudei, matutei, planeei e executei o plano de saída de Arlindo Teixeira”, declarou.
A confissão do ativista foi feita durante a sessão parlamentar que começou nesta quarta-feira, 14 de julho, na Assembleia Nacional, na Praia.
Arlindo Teixeira, emigrante em França, tinha sido colocado em prisão domiciliária na ilha de São Vicente, de onde conseguiu fugir a 27 de junho. Este caso está a causar várias reações em Cabo Verde, como a do Presidente da República, Jorge Carlos Fonseca, que considerou o caso grave e pediu que fosse feita uma investigação célere, de maneira a haver sanções para os responsáveis.