A bancada do PAICV na Assembleia Municipal (AM) de São Vicente propôs esta quarta-feira, 13 de março, aos eleitos e órgãos locais a constituição de um pacto “em defesa dos superiores interesses” da ilha.
Ao apresentar uma declaração política na abertura da 8.ª sessão da 7.ª legislatura da AM, o líder da bancada do maior partido da oposição, Baltazar Ramos, considerou que chegou a altura de todos os eleitos municipais “unirem esforços” em torno daquilo que é “essencial” para São Vicente e o seu futuro.
De acordo com o dirigente, prevalece na ilha o sentimento de “perda de relevância” de São Vicente no todo nacional, que decorre, conforme avançou, das “injustas estratégias” que “não valorizam adequadamente” a ilha e da “injusta afetação ou distribuição” dos diversos tipos de recursos nacionais.
Foi dito ainda que os riscos que a ilha enfrenta “são enormes” e “ameaçam ofuscar tradições brilhantes” em domínios como a cultura, o ensino, os transportes, a indústria e o comércio, resultantes de “políticas centralizadoras” na localização dos órgãos de decisão e da afetação dos recursos nacionais.
Baltazar Ramos enumerou dez ideias de investimentos/ações, como a projeção e construção de “adequadas instalações” para um campus Universidade de Cabo Verde (Uni-CV), a construção da Escola do Mar para servir o país e a região africana, o equipamento do aeroporto Cesária Évora para que possa receber voos noturnos, e ainda a extensão da pista, entre outros.
Durante a abertura da sessão, tanto o MpD, que suporta a câmara, como a UCID proferiram também declarações políticas, com esta segunda força política a dar conta da preocupação com a situação social da ilha, confrontada com uma “alta taxa de desemprego jovem”, pelo que a líder da bancada da UCID, Isidora Rodrigues, pediu “correção das políticas” para garantir “melhores condições de vida” às populações.