O primeiro-ministro cabo-verdiano, Ulisses Correia e Silva, afirmou neste domingo, 29 de novembro, que o voto do PAICV contra a proposta de lei do aumento do limite do endividamento público em 2021, no âmbito do combate à pandemia da Covid-19, não passava de uma “manobra política centrada apenas nas eleições, no voto e no poder”.
“[O voto contra] é uma manobra política centrada apenas nas eleições, no voto e no poder, quando o combate deve ser pela vida, pela economia, pelo emprego e pelo rendimento, porque as pessoas estão a passar mal e sem disponibilizarem recursos ao Estado/Governo para fazer frente a este combate fica mais difícil”, acusou.
Esta foi a reação ao chumbo no Parlamento ao pedido do Governo para aumentar o limite do endividamento interno, fixado anualmente em 3% do Produto Interno Bruto (PIB), para 4,5% em 2021.
Para o chefe do Executivo, o voto contra significa que o PAICV não se disponibilizou “com mais recursos para o combate contra a Covid-19 e consideramos de extremamente grave e de falta de vontade política com o combate que apela a todos os cabo-verdianos”.
Ainda de acordo com o governante, esses recursos não serviriam apenas para o combate contra o novo coronavírus, mas também para a economia, para o rendimento, para a proteção social. Sem esses recursos tudo vai ficar “muito mais difícil”, concluiu.