A deputada eleita pela UCID para a Assembleia Municipal de São Vicente, Dora Pires, mostrou-se contra aquilo que chamou de “ditadura e opressão” depois do impasse ocorrido na instalação da nova mesa da Assembleia Municipal da referida ilha.
As declarações foram feitas nesta terça-feira, 17 de novembro. O acto de constituição da nova mesa da Assembleia Municipal de São Vicente, presenciado pelo ministro de Estado, Fernando Elísio Freire, foi adiado para hoje, dia 18.
Tal aconteceu devido a um impasse, onde a lista proposta pelo MpD, partido no poder, para a composição da mesa foi chumbada. Também a presidente provisória da mesa, Lídia Lima, decidiu adiar os trabalhos, tendo dado como explicação razões sanitárias e não tendo submetido à votação da plenária uma nova lista proposta pelo PAICV e pela UCID, formações políticas da oposição.
A deputada da UCID classificou a situação como algo “lamentável”, principalmente quando ocorrida num país de “direito democrático”.
“Uma presidente provisória não pode ter a atitude de eu posso, eu quero, eu mando, fazendo e desfazendo daquilo que acha ou que o seu partido acha, com esse comportamento, que todos viram aqui”, defendeu, criticando assim Lídia Lima.
Dora Pires considerou ainda que, se a lista foi chumbada, não havia então eleição da mesa e a presidente provisória teria de aceitar a outra lista proposta e colocar a mesma para votação.