O embaixador de Cabo Verde em Portugal, Eurico Monteiro, acredita que a decisão do país europeu sobre atribuir autorização de residência de forma automática a imigrantes da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) vai diminuir “alguma crispação” existente nesta matéria.
A observação foi feita esta quinta-feira, 23 de março, de acordo com a “Inforpress”. O diplomata reagiu assim em Lisboa ao facto de Portugal ter começado a atribuir automaticamente desde 01 de março, e no âmbito do Acordo sobre a Mobilidade entre os Estados-membros da CPLP, autorização de residência com a duração de um ano aos imigrantes da comunidade.
“Isso não significa que todos os problemas serão de imediatos ultrapassados, mas é um passo. O importante é este modelo e esta plataforma tecnológica, em várias situações tem resposta automatizada e vai aumentar a capacidade de resposta, e nós pensamos que isto, seguramente, aumentará em grande medida o atendimento e baixará um pouco alguma crispação e alguma tensão existente nesta matéria”, explicou.
Monteiro considera que o sistema que está a ser montado visa criar capacidade de resposta às demandas dos países que compõem a CPLP, entre os quais Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste, para além de Portugal.