O primeiro-ministro de Cabo Verde, Ulisses Correia e Silva, disse estar otimista com a mudança de atitude que encontrou dos países desenvolvidos na 26.ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP26), no que diz respeito a ajudar os países em desenvolvimento. O evento decorre de 31 de outubro a 12 de novembro em Glasgow, na Escócia.
“Acho que há esperança porque há uma mudança significativa relativamente à COP anterior”, afirmou aos jornalistas, à saída de um encontro inédito entre o secretário de Estado americano, Anthony Blinken, com chefes de Estado e do governo de Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento.
“Creio que é a primeira vez que isso acontece. Há um comprometimento muito forte dos Estados Unidos relativamente à defesa das especificidades desses países que são muito vulneráveis do ponto de vista económico e ambiental”, acrescentou.
Cabo Verde está à espera do desbloqueamento do financiamento do clima aos países menos desenvolvidos e vulneráveis, de maneira a poder investir e adaptar-se às alterações climáticas.
Na intervenção que fez na terça-feira, 02 de novembro, o governante partilhou o compromisso do arquipélago africano em reduzir em 38% as emissões de gases com efeito de estufa até 2030, para que seja alcançada a neutralidade carbónica em 2050. Quanto às energias renováveis, espera passar dos atuais 20% para mais de 50% em 2030.