O primeiro-ministro cabo-verdiano, Ulisses Correia e Silva, afirmou que prefere não criar expectativas em relação à hipótese da existência de petróleo em Cabo Verde, apesar de haver “dados credíveis”.
“Até ser [verdade] não vou especular sobre isso”, reforçou, não tendo aprofundado assim a resposta à pergunta dos jornalistas sobre o que pensa em relação à descoberta de grandes reservas de petróleo no Senegal, país que tem fronteiras marítimas com Cabo Verde.
Perante a insistência da imprensa sobre se o país vai criar a legislação que permite que se façam estudos ligados à exploração do ouro negro nas águas marítima cabo-verdianas, o chefe do Governo explicou que quer responder na altura certa. “Se houver dados credíveis, na altura a gente poderá falar sobre isso”, frisou.
Recorde-se que o investigador cabo-verdiano António Lobo de Pina defendeu que só os referidos estudos podem garantir se há ou não petróleo nas águas territoriais cabo-verdianas. Quando questionado se o país podia fazer tais estudos, disse “Por que não? Entendo que sim”, uma vez que só assim se poderá ” afirmar quais são as potencialidades ou não”.
Por sua vez, o engenheiro de Petróleos, José Brito, que já foi ministro responsável da pasta da Energia em Cabo Verde, avançou que o país deve avançar com a legislação sobre exploração de petróleo nas suas águas territoriais.