O candidato às eleições presidenciais de Cabo Verde, José Maria Neves, deslocou-se até Paris, capital da França, para falar com os emigrantes cabo-verdianos no local. O objetivo é tornar a diáspora mais participativa, para que seja vista para além da contribuição económica que dá ao arquipélago.
“Temos de ver a diáspora para além das remessas e dos investimentos. Temos centenas de médicos, investigadores, professores, universitários e precisamos de pôr todas estas competências ao serviço de Cabo Verde”, afirmou à agência “Lusa”.
Antes de França, o candidato às presidenciais de 17 de outubro passou por São Tomé e Príncipe, Senegal, Estados Unidos da América e Portugal. “É preciso recensear a diáspora, criar uma grande rede de cabo-verdianos espalhados pelo mundo e implicá-los mais nos diferentes domínios da vida política, económica e social no país”, defendeu.
O político reconheceu que levar a diáspora a votar fora do país é um processo “difícil”. A pandemia da Covid-19 não ajuda, mas José Maria Neves garantiu que a sua equipa está a “fazer o seu melhor” para chegar aos eleitores.
“Estamos a tentar fazer o nosso melhor. Estar com as pessoas, respeitando as regras sanitárias e todas as restrições e, através das redes sociais, tentar mitigar os efeitos desse distanciamento. É uma campanha atípica”, finalizou.
Recorde-se que o candidato concorre contra Carlos Veiga, Fernando Delgado, Gilson Alves, Hélio Sanches, Joaquim Monteiro e Casimiro de Pina.