O líder da UCID, António Monteiro, afirmou esta quarta-feira, 26 de junho, que o país “não está bem” em matéria de transportes marítimos e aéreos, o que, segundo o próprio, “tem dificultado” a chegada de turistas a ilhas como São Vicente.
“Não está bem porque temos dificuldades terríveis em fazer os turistas chegarem às ilhas do Fogo, e do Maio aqui perto, sem falar de São Nicolau, Brava e outras ilhas”, esclareceu, tendo as declarações sido feitas durante o debate parlamentar com o primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, que desta vez tem como tema “O turismo e seus impactos no desenvolvimento do país”.
“Cabo Verde tem condições para ultrapassar a almejada meta de um milhão de turistas em 2021”, disse ainda, em referência à meta definida pelo Executivo, considerando a mesma “fraca”. Para o dirigente do partido da oposição, Cabo Verde pode ter mais turistas, mas, para tal, “é preciso que se invista muito mais” e que sejam construídos mais hotéis em ilhas como Brava, São Vicente, Santiago e São Nicolau.
De acordo com o político, com o surgimento de mais unidades hoteleiras estar-se-ia a prestar um “excelente serviço” aos cabo-verdianos. “Se ficarmos com esta meta minguada de um milhão (de turistas), pouco ou nada alimentaremos a esperança deste povo”, sublinhou.
Monteiro questionou o primeiro-ministro sobre a “qualidade dos trabalhadores” em vínculo laboral, porque, ajuntou, quando se visitam as ilhas do Sal e da Boa Vista são “grandes as reivindicações” nesse sentido. Aproveitou também para lamentar o facto de, neste momento, uma viagem no percurso São Vicente-Lisboa-São Vicente esteja a custar 123 mil escudos (cerca de 1.115 euros).