Confirmação foi feita pelo Governo através do Ministério da Educação que irá estimular a introdução da disciplina de Língua Cabo-verdiana no Ensino Secundário (a partir do 10º ano de escolaridade), no ano letivo 2022/2023.
O Ministério da Educação, na sua publicação nas redes sociais, deixa claro que esta nova disciplina, será introduzida de forma “experimental e para servir de piloto para o seu alargamento a médio prazo, após amplos consensos científicos.”
Uma ação, que ocorre no âmbito dos novos planos curriculares da reforma do ensino secundário, em processo de conceptualização e implementação.
O Governo, por sua vez mostra “total disponibilidade em apoiar e fomentar a investigação de base académica visando consensos técnico-científicos em matérias da linguística, uniformização e padronização das bases gramaticais e ortográficas da língua nacional, comum às suas diversas variantes”.
Considerando que a investigação poderá também recair sobre o alfabeto unificado do crioulo, o ALUPEC, tendo em vista alcançar abrangência e conter resistências ao seu uso na escrita do crioulo.
No post pode-se ler ainda que o Ministro da Educação, Amadeu Cruz, reuniu-se no passado mês de julho, com representantes do grupo promotor da petição sobre a política linguística em Cabo Verde e com o investigador e linguista, Manuel Veiga, e questões ligadas à investigação linguística e à metodologia para a integração da disciplina de língua cabo-verdiana no sistema de ensino, no âmbito da reforma do Ensino Secundário estiveram em pauta.
“Necessidade de fazer uma articulação e sintonização entre o Ministério da Educação e o Ministério da Cultura e das Indústrias Criativas, em virtude de alinhamento em matérias mais ligadas à cultura e de ordem constitucional, bem como a necessidade da criação de um grupo de trabalho conjunto para a elaboração de um plano de ação de fomento da investigação e do ensino da língua cabo-verdiana” concluiu.