A secretária de Estado do Fomento Empresarial de Cabo Verde, Adalgiza Vaz, sugeriu que as autoridades financeiras de diferentes países trabalhem em conjunto para interceptar crimes financeiros, feitos através de meios cada vez mais sofisticados.
“Apelamos ao Fórum das Administrações Fiscais da África Ocidental (WATAF, sigla inglesa) a zelar pela procura de novas ferramentas para melhor compreender o crime financeiro cada vez mais sofisticado”, defendeu, citada pelo “Expresso das Ilhas”.
As declarações foram feitas na abertura da 19.ª Assembleia Geral do WATAF e 5.º Diálogo Político de Alto Nível da referida organização, cujo evento teve lugar na Praia, capital cabo-verdiana.
Adalgisa Vaz frisou que deve ser privilegiada “uma resposta coordenada à questão dos fluxos financeiros ilícitos e da evasão fiscal”. A seu ver, esta resposta dos membros do WATAF deve estar baseada “num pacto para a transparência, em colaboração com o poder local, os governos centrais, parlamento, actores da sociedade civil, ONGs, instituições financeiras nacionais e internacionais e parceiros de desenvolvimento”.
Cabo Verde é membro do WATAF desde 2015, e tem vindo a beneficiar de várias formações técnicas sobre inspeção tributária, preços de transferência, avaliação de riscos, relações fiscais internacionais, entre outras matérias. O WATAF é um órgão fiscal internacional fundado em 2011, em Abuja, na Nigéria, e reúne os 15 Estados-membros da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).