O MpD disse que o PAICV e a UCID, partidos da oposição, uniram-se numa espécie de “geringonça” para questionarem os “incontestáveis ganhos” da política externa.
A acusação foi feita pelo vice-presidente do grupo parlamentar da formação política no poder, Armindo da Luz, que acrescentou que a oposição colocou de lado perguntas prementes e desafios urgentes para questionar a política externa alcançada nos últimos anos pelo atual Governo, suportado pelo MpD.
Esta posição foi manifestada nesta quarta-feira, 27 de janeiro, no quadro da interpelação do grupo parlamentar do PAICV ao Governo sobre a política externa nacional. Para Armindo Luz, a maior organização política na oposição em Cabo Verde deveria ter-se focado mais no combate à pandemia da Covid-19 e nos impactos sanitários, sociais e económicos em vez de criar “narrativas de deriva inexistentes, com clara má-fé, ódio e malvadez”.
“O grupo parlamentar do MpD está ciente de que as perguntas constantes da interpelação não dignificam, em nada, a política externa cabo-verdiana. Estamos perante actos de campanha política partidária na vizinhança de eleições legislativas”, continuou.
Assim, frisou igualmente, o partido que representa “demarca-se da lógica populista e eleitoralista do PAICV e da UCID, que colocam a lógica do voto acima dos superiores interesses que é servir Cabo Verde”.
O parlamentar acusou então a oposição de fazer uma “leitura enviesada” e interesseira na saga da caça ao voto, criando factos na “tentativa clara” de colocar areia nos olhos do povo.